sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Esvanecendo...

A Ela

Que dor inda me causa essa ferida,
Quando tu, pelas campas, corredores,
Andavas a cismar cheia d'horrores,
D'olhares reflexivos — distraída.

Longe, qual uma sombra tão perdida,
Tu vinhas pelos fúnebres verdores;
Contemplando a beleza dos clamores,
Duma escultura em mármore, esculpida.

Pelos perpétuos bancos tu sentavas,
Com as mãos ao regaço, solitárias...
E os teus negros cabelos pelos ares...

E arrastando os coturnos tu passavas,
Dentre as tênebras; campas mortuárias,
Na solidão dos prados tumulares.

Derek Soares Castro

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